Existe o Bicho-papão, o Bicho da Fortaleza… e eu estou cada vez mais convencida de que existe o Bicho de Janeiro. Ainda faltam estudos mais aprofundados, mas, até onde pude observar, ele é composto de um terço de esperança, um terço de ilusão e um terço de desespero.
Diferentemente da maioria dos monstros, esse aí é discreto e minúsculo. Não se esconde no armário nem debaixo da cama, mas nas listas de resolução de ano novo e naquela agenda bonita e prática que você comprou pra "resolver a vida de uma vez por todas" e que provavelmente estará aposentada até meados de maio. Dizem que uma coisa que diverte muito o Bicho de Janeiro é quando alguém fala "agora vai".
(Se você não se identifica com nada do que foi descrito acima, eu te admiro e respeito.)
No primeiro episódio do ano, a gente conta uma história que está mal resolvida desde 1987. No centro dela, tem um barraco, um homem, uma morte e um povo. E olhar fundo dentro dessa ferida aberta faz a gente enxergar uma porção de conflitos e injustiças que, esses sim, precisam ser resolvidos de uma vez por todas.
Um abraço,
Bia Guimarães
produtora sênior da Rádio Novelo
O episódio desta semana tem um ato só contado por duas vozes. A Flora Thomson-DeVeaux e a Paula Scarpin percorrem a história do Vicente Cañas – ou do Kiwxí – e de tudo o que entrou em jogo quando o corpo dele apareceu na beira do rio Juruena, no Mato Grosso.
Bárbara Rubira,
produtora da Rádio NoveloEu gosto muito de reality shows de competição com uma pegada de jogo social e estratégia (não à toa já assisti a 40 e tantas temporadas do Survivor americano — algumas mais de uma vez). E um dos meus favoritos é o The Genius, um reality sul-coreano com 4 temporadas, que infelizmente nunca entrou em streaming nenhum por aqui e eu tive que assistir por meios, digamos, escusos. Pois estreou recentemente na Netflix um programa do mesmo criador do The Genius, e com a mesma pegada: O Jogo do Diabo. São 12 participantes, a maioria deles famosos na Coreia, mas com bagagens diferentes (tem comediante, ídolo de k-pop, médico, universitário…) que ficam confinados e competem entre si em uns joguinhos. Tem jogos mais de raciocínio lógico, tipo quebra-cabeças, jogos de memória, de trabalho em equipe… e os mais legais, pra mim, são os que envolvem estratégia e blefe (no primeiro episódio, eles jogam uma coisa parecida com "cidade dorme", por exemplo). Os participantes vão sendo eliminados ao longo dos episódios, de acordo com o seu desempenho. Aí vão se formando alianças, rivalidades, e por aí vai.
No episódio anterior, a história do José Henrique Bortoluci e do pai dele, o Didi, deixou muita gente de coração quentinho lembrando daqueles que já se foram. Um dos comentários que a gente recebeu foi o da Flavia T. (@_byflavia), no Instagram: "Meu avô era caminhoneiro, e nasceu em um pé de café numa fazenda no interior de SP. A história é tãaaaao parecida, e fiquei com tanta saudade do meu velhinho, que chorei de soluçar. Tínhamos a intenção de fazer um livro com as histórias dele – que salvou várias vidas na estrada, e também ajudou a construir Brasília – mas nenhum escritor na família, e o projeto se perdeu… meu coração tá preenchido de amor!". Obrigada por compartilhar esse carinho com a gente, Flavia.
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