A primeira – e, até agora, única – vez que eu escrevi um livro, eu tinha uns 10 anos. Era um projeto da minha escola. A gente ganhava um caderninho de umas 15 páginas e cada uma delas tinha um quadro em branco e umas linhas embaixo a serem preenchidos com letras e desenhos tortos.
Eu escrevi sobre uma viagem. “Natália em Paris” saiu muito antes da série da Netflix, viu? Eu poderia tentar ganhar uma grana com um processo por plágio se eu mesma não tivesse plagiado outra obra.
A Natália desenhada naqueles quadros brancos era idêntica à Lindinha, d’As Meninas Superpoderosas – meu desenho preferido naquela altura.
Se você nunca me viu, toma a minha palavra como evidência: eu não tenho absolutamente nada a ver com a Lindinha – uma menina de pele clara, de olhos azuis enormes e com cabelos loiros constantemente presos em dois rabos de cavalo, um de cada lado da cabeça.
Meus olhos, meu cabelo e minha pele são escuros. Meus cachos não passam mais do que alguns minutos na mesma posição.
Eu não tenho nada a ver com a Lindinha, mas ela moldou minha imaginação por muito tempo.
E que curioso foi perceber, com as histórias dessa semana do Rádio Novelo Apresenta, que de alguma forma outras Lindinhas continuam me impedindo de ver que há, sim, protagonistas que se parecem comigo.
Um abraço,
Natália Silva
Editora executiva da Rádio Novelo
Este episódio é um oferecimento da Audible, o serviço de audiolivros e audiosséries da Amazon. Na Audible você tem acesso a milhares de audiolivros em português e histórias Originais surpreendentes.
A Flora Thomson-DeVeaux e eu, Natália Silva, voltamos aos tempos da ditadura. No primeiro ato, ela e o Lucas Pedretti contam a história de um homem comum que expôs, sem querer, as entranhas do regime militar. No segundo ato, eu sigo o rastro de uma guerrilheira morta no Araguaia.
Branca Vianna,
Presidente e fundadora da Rádio NoveloDois livros muito bons, da mesma autora: a americana Sigrid Nunez. Um é O amigo, que agora virou filme com a Naomi Watts. O outro é Os vulneráveis, o primeiro livro de ficção passado na pandemia de que eu gostei. Ambos foram publicados no Brasil pela editora Instante. E os dois são curtinhos, o que pode ser uma vantagem. Dá para ler em um fim de semana. São inteligentes na forma e no conteúdo e falam de temas como luto, medo, amizade, idade, amor (por humanos e por animais) de um jeito que a gente mal nota, mas não esquece quando fecha o livro.
A @Liaarminina disse que o Apresenta sempre… apresenta a ela assuntos que estão em alta, mas não na bolha dela. O último caso foi o do Roblox, a plataforma de jogos online que apareceu no episódio passado – provando que furar bolhas, embora necessário, quase nunca é uma experiência agradável. E pra quem ficou curioso em ver o pesquisador dos fungos, corre lá no nosso Instagram.
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Olá!
Quero fazer um comentário sobre a pesquisa que respondi: na questão sobre participar do financiamento de algum podcast, respondi sim.
Acrescento que considerei a assinatura da Piauí e do Clube Calma como parte do financiamento do Foro e do Calma Urgente.
Digo isso porque percebi que se fosse exclusivamente para o podcast talvez eu não estivesse investindo. Fica a dica caso estejam pensando em algum produto via assinatura.
Inté!
Essa semana nasceu a minha filha que também se chama Natália, fico muito empolgado quando vejo este nome em algum canto, eu sempre penso: "olha só, ela poderá ter essa profissão algum dia também"