Rádio Novelo Apresenta 112 | CPF na nota?
Uma pergunta banal e consequências desconcertantes
Oi, tudo bem?
Eu tenho uma memória excelente pra números. Nunca sofro pra preencher um formulário. Sei de cor o CPF de vários membros da minha família, pra conseguir os melhores descontos em diferentes supermercados. Sou ótima com aniversários e ainda sei o número de telefone de muita gente sem conferir na agenda. Eu decoro a senha do wi-fi de algum lugar só batendo o olho uma vez na plaquinha, e aí consigo repetir pra todo mundo que perguntar. E eu sempre fui assim.
Certa vez, quando eu tinha uns 11 anos, fui passar a tarde de sábado na casa da minha melhor amiga. E a gente decidiu buscar um filme numa locadora (que saudade das locadoras…). Só que, pra levar o filme embora, tinha que fazer um cadastro. E nem minha amiga nem a mãe dela, que tava nos acompanhando, sabiam o CEP da casa delas. Pois eu sabia. Era uma época ainda sem GPS, mas já com Google Maps, e meu pai tinha imprimido as direções antes de sair de casa pra me levar. Como boa co-piloto, eu carreguei os papéis o caminho todo, e acabei chegando com o endereço completo decorado, com CEP e tudo.
Lembro que a mãe da minha amiga ficou meio assustada. Afinal, pra fazer o cadastro ela tinha passado também os números dos documentos — e é lógico que eu ia sair de lá com eles decorados também. Felizmente, eu logo esqueci tudo — e, francamente, me faltava a malícia pra fazer qualquer coisa com toda essa informação. Fosse eu uma criança mais ambiciosa, ou com acesso a um smartphone… Bom, fica pra primeira história do episódio dessa semana.
Um abraço,
Bárbara Rubira
Repórter e roteirista da Rádio Novelo
No primeiro ato, a Natália Silva descobre que pra ser uma vítima acidental de falsidade ideológica basta um filho adolescente com acesso à internet. No segundo ato, a Vanessa Barbara reconta o trauma pessoal que inspirou um de seus livros.
Carolina Moraes,
Repórter e roteirista da Rádio NoveloO ano começou bem com o lançamento do álbum novo do Bad Bunny, o Debí Tirar Más Fotos. O músico porto-riquenho estourou jovem e teve um momento dourado em 2022 — seu álbum Un Verano Sin Ti foi o mais escutado no mundo daquele ano e o primeiro todo cantando em espanhol a ser indicado a melhor álbum no Grammy. Com Debí Tirar Más Fotos, ele se compromete ainda mais com Porto Rico e desfila vários ritmos da ilha. Numa entrevista ao Popcast, Bad Bunny disse que andava se perguntando sobre seu propósito como artista. Ele queria plantar alguma semente, e achou que a melhor forma de fazer isso era reunir jovens em Porto Rico para mostrar o país deles para o mundo. É uma bela viagem.
Temos muitos fãs de Paulo Diniz entre os ouvintes da Rádio Novelo! Vários deles nos contaram que, como a Mariama Correia, foram apresentados à música do Paulo pelos seus pais. O mariovitoreng disse que se sentiu inspirado com as andanças do último episódio: “Eu sempre tive vontade de fazer a romaria pra Aparecida do Norte, mas eu nunca tive coragem. Tô repensando agora, sabe?".
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Citei o episódio e linkei com Neil Gaiman... Histórias que se repetem de alguma maneira, porque esses caras não tem <cara>.
lamento profundamente o caso tenebroso em que se envolveu a escritora, aliás excelente escritora, Vanessa Barbara. não sei se serve de consolo, mas lamentavelmente sinto uma forte identificação com o ocorrido e imagino que muitas outras mulheres sentem o mesmo. Deixo aqui meu abraço carinhoso a Vanessa.