Rádio Novelo Apresenta 111 | Romarias

Histórias sobre o que acontece entre a partida e a chegada

Oi, tudo bem?

Anos atrás, numa sexta-feira, meu marido viu que tinha baleias jubartes numa praia meio distante da onde a gente estava e me perguntou: “quer ir ver?” Nós pulamos no carro no mesmo dia, sem planejamento, e passamos o fim de semana atrás das baleias.

Foi uma romaria das mais leves. E foi uma das viagens mais memoráveis que eu já fiz. Acho que tem um tipo de marca indentada na nossa memória que só acontece quando quando você sai de casa sem saber bem aonde vai chegar, ou por onde vai passar.

Isso vale pras romarias difíceis também: deixar a infância, atravessar um luto, virar mãe, ir viver num outro lugar, recomeçar a vida. A gente acaba lembrando mais, estruturando a nossa história ao redor dessas encruzilhadas.

E, às vezes, as romarias são um pé depois do outro, literalmente. No Rádio Novelo Apresenta de hoje, duas histórias em que longas andanças marcaram para sempre a vida de quem caminha.

Um abraço,
Sarah Azoubel
Repórter e roteirista da Rádio Novelo

---

No primeiro ato, o Vitor Hugo Brandalise e a Mariama Correia retraçam os passos do Juareiz Correya, pai da Mariama, que percorreu 600 quilômetros a pé no Nordeste junto com um figurão da MPB. No segundo ato, mais de 180 anos depois da Guerra dos Cabanos, Bia Guimarães segue a romaria de jovens que querem lutar pelo futuro da Amazônia e entender como enfrentar as violências do passado e do presente.

(O segundo ato desse episódio teve o apoio do iCS - Instituto Clima e Sociedade)

---

Flora Thomson-DeVeaux,
Diretora de pesquisa da Rádio Novelo

Uma boa surpresa que a curadoria do Mubi entregou recentemente foi Caminhos cruzados, um filme turco-georgiano sobre uma mulher que vai até Istambul em busca da sobrinha dela. É um filme desses sobre uma dupla inusitada pegando estrada, mas de um jeito que eu nunca tinha visto, com muita delicadeza e humor – e muitos gatinhos de rua istambuleses (istambulenses?). E mais uma dica com um pé no episódio: a Mariama Correia é co-fundadora da Cajueira, uma rede de curadoria de conteúdos sobre o Nordeste. Eu já assinei a newsletter – e, se sou você, assinava também.

---

Depois de escutar a história da Bia Guimarães se aventurando na palhaçaria, vários ouvintes comentaram nas nossas redes se identificando como Branco ou Augusto na vida. A Bia estava interpretando uma palhaça do tipo Branco, mas alterna bem entre as duas personalidades – eu conheço bem e confirmo. Mesmo as irmãs Celia e Celma, do segundo ato, não escaparam da classificação, como disse @motta2000_00: “sou a Celma todinha kkkkkk sou Augusto".

acompanhe o trabalho da Novelo • instagram • X • threads • bluesky • facebook • linkedin • nosso site

---

Se você sabe de uma história que daria um bom episódio do Rádio Novelo Apresenta, manda um e-mail pra gente em: apresenta@radionovelo.com.br