Rádio Novelo Apresenta 109 | Chester, a origem
Tudo o que você queria saber (e até o que não queria) sobre um grande mistério da ceia de Natal no Brasil
Oi, tudo bem?
Só como carne em ocasiões especiais. Por algum tempo, nem isso. Foi o ofício jornalístico que me fez romper com meu vegetarianismo estrito, como eu contei na áudiossérie Nem só de Pão, da Audible.
No começo do meu jejum carnívoro, me perguntavam muito sobre a minha motivação. Era simples: um dia, cheguei à conclusão de que jamais conseguiria matar um boi. E então deixei de comer. Passei algum tempo achando que seria capaz de matar uma galinha ou um peixe, mas depois concluí que não. E deixei de comer.
Lembro do desconforto do primeiro Natal em que eu, a ovelha negra da família em muitos sentidos, disse não pro Chester. E preciso confessar: me arrependo um pouco.
Naquela época, o Natal ainda estava sob a jurisprudência da minha família. Meus pais, ainda casados, eram os anfitriões. Minha mãe, a chefe da cozinha. Chefe, mesmo. Passávamos o dia obedecendo pequenas ordens – corta isso, descasca aquilo – e eu achava o máximo. Em todos os outros dias do ano, ela não nos deixava nem ferver uma água no fogão “dela".
Mas eu achava o calor da cozinha, misturado ao do país, inconveniente. Sempre chegava um ponto onde o suor começava a escorrer e eu me pegava pensando que nosso cardápio de Natal, quente e pesado, não fazia muito sentido num país tropical. “Não estamos no frio do Maine, meu deus do céu. De quem foi a ideia de botar no meio da mesa uma ave que precisa de tantas horas de forno?”
Bom, a resposta você ouve no episódio de hoje do Rádio Novelo Apresenta – o nosso clássico de Natal sobre outro clássico, o Chester.
Sigo sendo vegetariana na maior parte do tempo. Hoje, quase ninguém me pergunta o motivo: basta abrir o jornal pra ver que é a decisão lógica a se tomar. Mas, vez ou outra, eu abro uma exceção. Foi o caso neste Natal.
Um abraço,
Natália Silva
Editora executiva da Rádio Novelo
Vitor Hugo Brandalise – repórter e roteirista da Novelo – se aventura no passado da própria família pra desvendar o grande mistério do Natal brasileiro: de onde veio o Chester?
Bia Guimarães,
Repórter e roteirista da Rádio NoveloNão costumo lidar bem com esses vídeos de receitas que ficam rodando pelo Instagram e pelo TikTok. Pra mim, receita boa é receita em texto, com lista de ingredientes e processos que a gente pode consultar facilmente enquanto cozinha. Mas esses dias o algoritmo me entregou uma receitinha coreana tão simples que não resisti. Basicamente você cozinha quantos ovos quiser por 7-8 minutos, resfria na água com gelo e descasca. Depois põe pra marinar por algumas horas (ou durante a noite) numa mistura de shoyu, vinagre de arroz, mel, óleo de gergelim, gergelim tostado, cebolinha picada (com talo), gengibre e pimenta picadinha (usei dedo de moça). Não tem quantidades certas, só vai provando e ajustando ao seu gosto. Sirva com arroz, jogando o molhinho por cima pra dar aquele ‘tchan’.
E mais uma dica: pra não te faltar boas histórias pra contar pros amigos e pra família neste fim de ano, fica aqui uma playlist de episódios escolhidos pela nossa equipe:
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